Monday, May 19, 2008

Saturday, March 8, 2008

Thursday, January 24, 2008

O que Ledger perdeu


De acordo com a US Magazine, a equipa do filme "The Imaginarium of Doctor Parnassus" foi despedida na sequência da morte do actor Heath Ledger, esta terça-feira."Acabei de receber uma mensagem a dizer para todos irem para casa," disse uma fonte da equipa técnica.

"Era suposto começarmos esta quarta-feira, mas obviamente despediram hoje toda a gente. Ainda não sabem o que fazer com o que já foi filmado," acrescentou a mesma fonte.Ledger estava prestes a reentrar na rodagem do filme independente de Terry Gilliam, orçamentado em 30 milhões de dólares, quando faleceu. As filmagens tiveram início em Dezembro, em Londres, e a última fotografia do actor no cenário do filme data de 19 de Janeiro (na foto, a personagem prestes a enforcar-se).Ledger era o maior nome do elenco, onde também constam Christopher Plummer, Lily Cole e Tom Waits.

Trata-se da história de um "show" televisivo de viagens no tempo que chega à Londres actual através de um espelho mágico capaz de transportar a sua audiência para o futuro.O envolvimento do actor no projecto foi um factor chave para conquistar financiamento.

Ledger perdeu igualmente a sua oportunidade de dirigir um filme. Preparava-se para realizar a adaptação da novela "The Queen's Gambit". O papel principal, de uma jogadora prodigiosa de xadrez, foi oferecido à actriz nomeada para um Óscar Ellen Page. Ledger, ele próprio um excelente jogador de xadrez, planeava desempenhar um papel secundário.

Fonte: Red Carpet, A Passadeira do Cinema

Sunday, January 20, 2008

"Expiação": a crítica


O romance de todos os romances, como já alguém o apelidou, não podia ter ganho mais vida do que nesta adaptação realizada por Joe Wright. "Expiação", o filme, conta a épica saga familiar escrita por Ian McEwan projectando num ecrã, quase por magia, tudo aquilo que imaginámos ao ler o livro.

Sejamos honestos: se há alguém que escreve bem é Ian McEwan. O homem compõe personagens invulgares com uma densidade psicológica igualmente invulgar. Detalhista, espraia-se nos costumes e na descrição dos espaços e dos tempos como ninguém. Deixa as suas histórias respirar, dá-lhes corda e alento, sabe do que escreve e mima os seus protagonistas. Surpreende sempre o leitor, mesmo quando todo o enredo parece uma banal história de amor ou obsessão. Parece possuído pelo espírito de escritores de finais do séc. XIX, início do séc. XX, conferindo-lhes um toque de modernidade que quase soa a anacrónico. Em suma, McEwan é um génio literário, mesmo que este elogio pareça um lugar comum.

Quando li a obra, senti que reunia todos os ingredientes para ser adaptado ao cinema. Possui amor, paixão, intriga e redenção. É um épico transversal a três gerações. Mas depois de algumas decepções com livros que guardo como referência (lembro-me de "As Horas", de Michael Cunningham), não criei grande expectativa quando soube que o filme estava para ser rodado. Agora que chegou aos ecrãs, é caso para dizer que o génio de McEwan foi abrilhantado pelo génio de Wright. O que o filme perde numa exaustão necessária de pormenores, é compensado com uma montagem de grande nível, com uma banda sonora extraordinária e com truques cinematográficos espirituosos. Wright, também muito graças à participação de McEwan como produtor executivo, consegue transmitir todo o ambiente e o longo calvário emocional das personagens de "Expiação", o livro.

Embora tecnicamente superior, com uma fotografia e cenografia difíceis de adjectivar, tal a sua qualidade, é o factor humano que constrói "Expiação". Mesmo actores que para mim não passam da mediania, como Keira Knightley, afirmam-se nesta história de amor e penitência. James McAvoy é um valor seguro e a jovem Saoirse Ronan (Briony ainda criança) uma interessante promessa. Com tanto talento junto, não há como enganar: estive em frente ao mais oscarizável (e Oscar-type) filme do ano. 5 estrelitas

Saturday, January 19, 2008

Dentes: Eu tenho, mas no sítio certo


E se a tua vagina tivesse dentes? E não fossem postiços colados com Corega?

Tarantino apresenta:


Wednesday, January 16, 2008

Quim e Kim


Joaquim de Almeida juntou-se ao elenco de "The Burning Plain", o filme de estreia de Guillermo Arriaga e, se os argumentistas assim o permitirem, vai ter a possibilidade de contracenar com... KIM BASINGER e Charlize Theron (onde serão mãe e filha)! Quim, arranja um autógrafo ao pessoal, faz favor.

Meet the Spartans... do you really want to?


This isn't Spaaaaarttttaaaaa!

Friday, January 4, 2008

Para quem aprecia...


E para quem não consegue ler: o DVD de "Planet Terror" sai a 31 de Janeiro, com extras apetecíveis: lição de cinema em 10 minutos; Miúdas Tramadas - As Mulheres de "Planeta Teror"; os Rapazes de "Planeta Terror"; casting de Rebel, filho de Robert Rodriguez; Tarados, Balas e Explosões; Entrevistas; Em Filmagem... e muito mais... (fonte: Prisvideo)

Saturday, December 29, 2007

"The Happening": o poster


We've Sensed It. We've Seen The Signs. Now... It's Happening.

"Eu Sou a Lenda": a crítica


A entrega de Will Smith e uma realização no fio da navalha são os principais predicados de "Eu Sou a Lenda". No entanto, este thriller de ficção científica apocalíptico e submerso numa tensão constante não deixa de ser unidimensional - muito diferente da mensagem da novela que lhe deu origem.

Em 2012, três anos depois de encontrada a suposta cura para o cancro, a Humanidade foi condenada pelo vírus primariamente apresentado como salvador. Homens, mulheres, crianças e animais são agora uma espécie de "vampirozombies" que se alimentam durante a noite. Todos, excepto um indivíduo, o cientista e militar Robert Neville e a sua cadela, Sam. Naquela existência solitária controlada pela luz do dia, o último homem na Terra tenta incessantemente descobrir o antídoto para o vírus.

"Eu Sou a Lenda" é uma adaptação demasiado livre do romance de Richard Matheson, desprendendo-se do conceito original. Em "The Omega Man", o filme da década de 70 em que Neville é Charlton Heston, a adaptação fiel conta a história de uma sociedade contaminada por um vírus, organizada e hierarquizada, que vê na personagem principal uma ameaça contra esta nova forma social. Ele é, portanto, o monstro. Em "Eu Sou a Lenda", os infectados são seres quase acéfalos (embora liderados) e não há qualquer indício ao longo da história de que estes encarem o cientista como um perigo para a sua existência. Perseguem-no guiados pelos seus instintos mais básicos, os de protecção da matilha e da alimentação. É certo que esta abordagem pode ser mais interessante cinematograficamente (até porque ainda recentemente, "A Invasão" tinha um argumento semelhante à novela "I am Legend") e permite criar um clima de tensão mais apurado e cenas de acção mais trepidantes.

Mesmo assim, ou não fosse esta uma história apocalíptica, residem aqui múltiplos ingredientes bíblicos: a perda de fé e o seu reencontro ou a dizimação para a renovação (o dilúvio), por exemplo. Neville, uma espécie de Noé sem arca, tem nas suas mãos o futuro da Humanidade.

Os efeitos CGI servem a história sem a sufocar, mas não se entende o recurso ao digital no que diz respeito aos Noctívagos quando obras recentes (lembro-me de "A Descida") utilizaram eficientemente actores e caracterização para interpretar monstros daquele tipo, imprimindo-lhe outro nível de realismo. O resultado são seres com movimentos demasiado velozes, tipo Homem-Aranha, subtraindo alguma credibilidade. O mesmo não sucede na composição de uma Nova Iorque em ruína. No que diz respeito ao protagonista, Will Smith está como o vinho do Porto e prova que é um dos melhores actores norte-americano da sua geração. Não é comum, num filme do género, uma personagem tão profunda, a oscilar entre a vulnerabilidade, a loucura e a coragem. 3 estrelitas

Tuesday, December 18, 2007

Hancock, super-herói do box-office


"I Am Legend" arrecadou uns gigantes 77 milhões de dólares no fim-de-semana de estreia. Will Smith, "one man show" neste filme, arrisca-se a tornar-se o mais rentável actor norte-americano em actividade. "Hancock", o seu próximo filme, estreia em Portugal a 3 de Julho de 2008, e já tem teaser. Quanto valerá nas bilheteiras? Muito. Ora vejam...

Monday, December 17, 2007

10 000 B.C. ou 20 000 Léguas Submarinas?


É impressão minha, ou Roland Emmerich quer repetir o "feito" de "Waterworld"?

"Promessas Perigosas": a crítica


David Cronenberg é, muito provavelmente, o mais multifacetado realizador norte-americano. Depois do arrojo temático de "A Mosca" e das fantasias esquizofrénicas de "Exystenz" e "Festim Nú", o cineasta pisa há dois filmes (contando com "Uma História de Violência") o terreno muitas vezes pantanoso do cinema clássico, mesmo que duro e árido. Mas em "Promessas Perigosas", o autor confere-lhe um toque de ternura e romantismo. Algo inusitado em Cronenberg. Mas lá que resulta...

Há uma cena em "Promessas Perigosas" de carácter antológico: uma sequência de luta numa sauna londrina, em que o soberbo Viggo Mortensen (dêem-lhe o Óscar, por favor), totalmente desnudado, se esfola para se manter vivo perante dois membros da máfia russa. Esta cena é ilustrativa do cuidado cénico de Cronenberg, que coreografou a cena sem recorrer a duplos para lhe creditar crueza e realismo. O resultado é espantoso aos olhos do espectador: a sequência não só se delonga em detalhes, como mostra um protagonista que sofre. E bem.

Nesta história sobre pecado e redenção, sobre nascimento e morte (físico e da alma), em que uma parteira descobre o que não devia sobre os meandros da máfia russa em Londres, há quase sempre um prenúncio de tragédia, da sequência inicial à final. Logo a abrir, um barbeiro corta o cabelo a um cliente russo. O sobrinho, com um atraso mental, entra a tiritar pelo estabelecimento e olha em desespero para o tio. Só esse olhar já é o anúncio de que algo vai acontecer e o espectador tem de estar preparado para o que ali vem. A técnica é usada ao longo de todo o filme, mesmo quando as nossas expectativas saem frustradas. Cronenberg faz-nos acreditar, mesmo quando é aparentemente previsível, que a história toma o rumo que imaginámos.

Deixem-me falar-vos dos actores: para terem uma ideia da entrega de Viggo Mortensen ao papel do misterioso motorista do filho do "padrinho" do clã que, muito certamente, lhe valerá no mínimo uma nomeação para os prémios da academia, fiquem a saber que este viajou a Moscovo, Sampetersburgo e aos montes Urais sozinho, embrenhando-se numa cultura e numa língua estranhas. Aprendeu o dialecto siberiano e decorou as suas falas em russo e ucraniano. Sorveu praticamente tudo o que havia para sorver sobre os "vory v zakone" (um grupo da máfia russo). O resultado é uma composição perfeita. Naomi Watts, que não tem o peso do filme ás costas, é como sempre excelente, principalmente na interacção com Mortensen. A atormentada personagem de Vincente Cassel é magistralmente representada. Por isso, se há "ensemble cast" digno de registo este ano, ei-lo. 5 estrelitas

Saturday, December 15, 2007

4 minutos de "Cloverfield"


Os produtores de "Cloverfield" querem redefinir o conceito de filme de monstros. Para já, têm o mérito de terem colocado meio mundo cibernético a discutir a temática da obra. Aqui, ficam quatro minutos da mais pura confusão.

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